quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tradições de missas okinawanas


Shiro Ihai - "Tablita Branca" - (enterro e missas)
Shinji Yonamine - Palestrante s/ Cultura de Okinawa
Shinji Yonamine / I.P.E.O 
é comum dar o ultimo banho para a partida, no caso das  flores no caixão, as rosas são rejeitadas “pelos seus espinhos”, em Okinawa o corpo no caixão fica na posição fetal, em muitos casos coloca-se algum objeto junto ao falecido, para ele não chegar de mãos vazias, algumas mães no momento final colocam brinquedinhos para levar para “as crianças” (isto é, para as almas das crianças que ela abortou). Em Okinawa, acredita-se que quando morrem duas pessoas da mesma família, em curto espaço de tempo, uma terceira pessoa da família também morrerá, para que isto não aconteça, é colocado no caixão um boneco representando a terceira pessoa, deste modo a familia se livrará deste infortúnio.

O corpo é velado tendo ao seu lado esquerdo um espaço para o Ukooru ou Kooro (uma tigela com areia) para acender os incensos, neste caso, acende-se (1) um incenso por pessoa,  juntamente com o seu Shiro Ihai “Tablita Branca” com o nome do falecido, representando o seu “espírito”.

é costume também, da mulher ir ao cemitério após o enterro durante tres dias seguidos.

Shiro Ihai,   “Tablita Branca”
é uma tablita branca com o nome do falecido, que é colocado do lado esquerdo do falecido, e um pote de areia “kooro” para que as pessoas acendam um  incenso e rezem a partir da morte,  até os  (49) quarenta e nove dias subsequentes.

Após o enterro a Tablita Branca “Shiro Ihai”, vai para casa do falecido para dar inicio os rituais religiosos, normalmente fica exposto na sala, os familiares mais próximos acompanham para ajudar nos preparativos e acender o incenso, onde  “a casa se enche de energia positiva”.

As missas são feitas na casa, durante 49 dias  - “sete semanas”  - é mantido as roupas e pertences do falecido junto com  a “tablita branca ” - shiro ihai, ali são ofertados as refeições do dia a dia : café da manhã, almoço e jantar; os espelhos e os quadros são cobertos com um pano branco.

As missas  principais são : 1ª semana, 3ª, 5ª e a 7ª, a ultima missa do ciclo de 49 dias.

Em Okinawa os costumes é da missa variam de região para região, geralmente na 7ª missa (que é a última)  são ofertado  48 motis “bolinhos de arroz” representando o corpo e 01 maior representando a cabeça. Considera-se que o falecido também nesse período vai completando a sua passagem para o Mundo Espiritual, amparado por uma forte energia que envolveu a sua casa, acalentada pela presença e as orações dos familiares e amigos durante as missas, no seu ultimo dia isto é, no 49º dia é comum chamar uma “espírita – yuta” para fazer o ritual de emancipação espiritual, recolhem se as oferendas, é queimado o shiro ihai -  “tablita branca” provisória, as sua cinzas é incorporado no Koro - pote de cinzas, e é feito um novo Ihai, “tablita com nome do falecido” permanente; desta vez na cor vermelha e letras douradas  (em outras províncias do Japão, o ihai é preto), considera-se que a partir daquele momento, as entidades o tenha acolhido e caminhe consciente ao Mundo Espiritual, e já tem condições de falar como “espírito ascendente” através da espírita, com a função de confortar os familiares.

Após os 49 dias termina o 1º ciclo, serão realizadas  missas, de 01 ano, 03 anos, 07 anos, 13 anos, 25 anos e a ultima missa de 33 anos que é a consagração, quando o ultimo compromisso se encerra, o Pai “falecido” que conheceu o seu filho recém-nascido, já é avô; missão cumprida.

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